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Antes de ter paredes, o Centro Espírita Cristão já existia como encontro: pessoas que se reuniam nas salas e nas cozinhas das próprias casas para estudar, orar e servir. Foi assim que o CEC nasceu — itinerante, simples e decidido — até que, em 1968, fixou um endereço e começou a vida pública como casa espírita. A imagem é nítida nos depoimentos: evangelho aberto, cadeiras emprestadas, vontade de ajudar e a certeza de que a fé, quando vira gesto, encontra sempre um lugar para florescer.
Entre os que deram forma a essa história está o Sr. Marcos, ao lado de Dona Diva. Ele chegou à Doutrina como tantos de nós: movido por dificuldades, buscando resposta para as dores materiais e afetivas da vida. Nas idas e vindas, encontrou o estudo sério e, com ele, “um novo universo”. O grupo de amigos cresceu, os encontros se multiplicaram, e a casa deixou de ser apenas uma sala visitada para se tornar um lar espiritual que acolhe e orienta.
O acolhimento, aliás, é o traço que atravessa décadas. Os relatos sobre Seu Cris na recepção — mãos que acolhem, palavras que acalmam, escuta sem pressa — mostram como o CEC se fez caminho: quem chega encontra alguém. E quem é visto com respeito e carinho descobre que a espiritualidade começa no gesto mais humano de todos: sentar ao lado e dizer “eu estou com você”.
A casa cresceu pelo estudo e pelo trabalho. No começo, tudo era bem simples: chão por terminar, poucos recursos, mas salas cheias. A rotina se organizou com palestras, evangelho, passes, cursos básicos e curso mediúnico. A disciplina virou linguagem: trabalhadores que “eram os primeiros a chegar e os últimos a sair”, reuniões de alinhamento, leitura de Kardec, preparo de temas, uma constância que educa o coração. Foi assim que a fé raciocinada se tornou cotidiano.
Outro fio que a história não solta é a mediunidade. No CEC, ela nunca foi adereço; é tarefa essencial. Não se trata de espetáculo, e sim de serviço silencioso, responsável, comprometido com o bem. A casa sempre valorizou o desenvolvimento equilibrado dos médiuns, lembrando que todo dom é ferramenta de amor quando se esquece de si mesmo para amparar o próximo. Ao mesmo tempo, o CEC manteve diálogo respeitoso com outras tradições: o que importa é o amor em prática, onde quer que ele esteja.
Houve, claro, desafios. Um deles aparece repetidamente nos depoimentos: formar e reter trabalhadores. A casa sempre atraiu muita gente; nem todos, porém, escolhem viver a Doutrina — estudar com constância, servir com humildade, suportar as diferenças, superar melindres. A resposta do CEC a isso foi a de sempre: paciência e exemplo. Menos disputa, mais serviço; menos vaidade, mais evangelho na prática.
Com o tempo, a história do CEC também se desdobrou em novas frentes fraternas. Trabalhadores que cresceram na casa, estudaram, serviram e ensinaram sentiram o chamado de ampliar o campo: nasceram, assim, o Grupo Espírita Unificação Cristã e o Núcleo Espírita Chico Xavier, frutos do mesmo tronco. Longe de dividir, essas iniciativas multiplicaram o bem — casas-irmãs que ajudam mais pessoas, mantendo a essência: acolher, estudar, servir.
Há memórias que se tornaram símbolo. A mãe em sofrimento que encontrou amparo e viu o filho voltar a falar. O jovem em dependência química que reencontrou o caminho da família. As campanhas de cestas e os mutirões em datas especiais. As noites de estudo em que o tema certo “chegava” para quem mais precisava. As tantas vezes em que uma conversa simples evitou uma queda grande. São histórias discretas, mas é nelas que a casa mede sua verdade.
Se a nossa história pudesse ser reduzida a quatro palavras, elas seriam amor, união, estudo e serviço. Amor, na forma de escuta que acolhe e não julga. União, como aliança que sustenta nos tempos fáceis e nos difíceis. Estudo, para que a fé seja consciente e consistente. Serviço, para que a caridade não fique no discurso. É isso que aprendemos com Kardec, que reconhecemos nos exemplos de Chico Xavier e Bezerra de Menezes, e que buscamos afirmar em nome de Jesus, guia e modelo de todos nós.
Hoje, olhando para trás, vemos que a casa se fez com mãos firmes e corações simples. Gente que acendeu as luzes, varreu o salão, organizou filas, preparou temas, deu passes, chorou junto, riu junto e não desistiu. Olhando para frente, sabemos que a história continua: cada pessoa que entra pela primeira vez, cada família que volta em paz para casa, cada trabalhador novo que diz “posso ajudar?”. É assim que o CEC seguirá sendo o que sempre foi: um pronto-socorro espiritual que transforma dor em aprendizado e fé em caridade.
E se alguém perguntar qual é o segredo, a resposta é antiga e sempre nova: “amor, amor e amor” — mais estudo, mais humildade e mais trabalho. O resto, a vida ensina. A casa caminha. E o Cristo conduz.
Um registro precioso abaixo: Sr. Marcos, o fundador do CEC compartilhando a essência de sua fé e o propósito desta casa de luz
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